É possível que um cenário bucólico similar a esse da imagem acima venha a abrigar em um futuro próximo as operações da Microsoft na Suécia. Os municípios de Gävle (foto) e Sandviken, na região central do país, confirmaram nesta terça-feira (11/12) a venda para a empresa de uma área total que equivale a 260 campos de futebol.
A Microsoft pagou 269 milhões de coroas suecas pelos terrenos, ou cerca de US$ 30 milhões. A empresa confirmou o negócio, mas limitou-se a dizer que os terrenos, localizados em áreas rurais dos dois municípios, são "para uso futuro" e para "reforçar a sua presença na Europa e na região nórdica".
As prefeituras também não puderam dizer muito mais que isso. Patrik Stenvard, prefeito de Gävle, um município de 75 mil habitantes, declarou, em comunicado, que o acordo é "excitante". "Nosso objetivo é nos tornarmos um dos maiores centros industriais da região", declarou Stenvard.
O anúncio da Microsoft não é um movimento isolado. Também nesta terça-feira, o site Fastighetsvärlden, especializado em notícias do setor imobiliário, informou que a Amazon comprou três terrenos em diferentes partes da Suécia com planos de construir oito prédios. A empresa ainda não se manifestou oficialmente a respeito, mas convocou uma entrevista coletiva para esta quarta-feira, em Estocolmo.
De acordo com a imprensa local, a gigante americana do e-commerce pode fazer na coletiva desta quarta o anúncio do lançamento de suas operações de comércio eletrônico na Suécia – e talvez em outras partes do norte da Europa, incluindo Finlândia, Noruega e Dinamarca. O tamanho da área sugere fortemente uma enorme quantidade de armazéns para transporte e armazenamento.
O rumor ganha força porque há poucos meses a Amazon comprou o domínio amazon.se, que pertencia a um designer sueco, em um negócio estimado em mais de US$ 700 mil – o domínio existia desde 1997, mesmo ano do início das operações da companhia americana.
Empresas como Microsoft e Amazon estão de olho não apenas no potencial do mercado consumidor da Suécia e de seus vizinhos, que estão entre os países mais prósperos do mundo, mas também em seu potencial de inovação. Na capital sueca, Estocolmo, a profissão mais comum é a de programador, e um em cada cinco trabalhadores tem ligação com a área de alta tecnologia, segundo as estatísticas oficiais. Em grandes cidades da Europa, a proporção é, em média, de um em cada dez.