A faculdade de odontologia do Karolinska Institutet, na Suécia, foi eleita recentemente a melhor do planeta em seu segmento pela Quacquarelli Symonds. A empresa britânica elabora todo ano o QS World University Rankings by Subject 2019, considerado um dos três mais importantes comparativos globais de universidades.
O ranking apresenta as melhores universidades do mundo em 48 diferentes campos de ensino. Como já se tornou recorrente, as americanas Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a britânica Oxford tiveram o maior número de cursos no topo do levantamento. Isso reforça o peso do feito do curso de odontologia do instituto sueco, um dos poucos a quebrar a hegemonia das três multicampeãs – Harvard, MIT e Oxford tiveram 12, 11 e cinco cursos em primeiro lugar, respectivamente.
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Esta é a segunda vez que o curso de odontologia do Karolinska Institutet aparece no topo do ranking. A primeira foi em 2015 – e trouxe mais que apenas prestígio para a faculdade. "Estar em primeiro lugar coloca o departamento no centro das atenções durante um ano inteiro", diz Mats Trulsson, diretor do departamento de odontologia do Instituto. "De repente, muitas novas portas se abriram para nós para parcerias em pesquisa e ensino em todo o mundo."
É possível que o Karolinska Institutet não seja amplamente conhecido no Brasil, mas o primeiro lugar no ranking conquistado pelo curso de odontologia é apenas mais um atestado da excelência da instituição. Fundado em 1810 pelo Rei Carlos XIII para funcionar originalmente como centro de treinamento para cirurgiões do exército, o Instituto é um dos mais importantes da Europa na área de saúde humana. E ele tem uma responsabilidade que realimenta seu prestígio: é lá que são escolhidos os ganhadores do Nobel de Medicina.
Os 6 mil estudantes do Karolinska – dos quais 2 mil são doutorandos e 22%, estrangeiros – contam com apenas 13 cursos, entre eles técnicas moleculares, biomedicina e radiografia; parte deles é ministrada em inglês. Seus laboratórios produzem nada menos que 40% das pesquisas médicas de toda a Suécia.
Do Karolinska já saíram invenções como citopunção (punção aspirativa por agulha fina) e a “Gamma Knife” (equipamento usado no tratamento de tumores cerebrais). Neste ano, o curso de medicina do instituto ficou em sexto lugar no ranking da Quacquarelli Symonds.
(Foto: Ulf Sirborn)