Líder chinês visita a Europa pela primeira vez em 5 anos

06 de maio de 2024 2 minutos
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O presidente chinês Xi Jinping iniciou ontem (05/05) sua visita à Europa com uma agenda centrada em questões comerciais e na influência na Rússia na guerra na Ucrânia. É sua primeira visita ao continente em cinco anos e seu primeiro retorno desde a generosa recepção na Itália em 2019, quando o país se juntou à “Nova Rota da Seda”. No entanto, o clima mudou desde então.

Enquanto Xi foi recebido com pompa na França, Macron e von der Leyen buscam equilibrar o comércio entre a China e a UE, especialmente após investigações recentes sobre turbinas eólicas e equipamentos médicos chineses. Após a França, Xi segue para a Sérvia e Hungria, onde a recepção pode ser mais calorosa, dada a simpatia desses países por Moscou e Pequim.

A China adota uma posição neutra sobre a guerra na Ucrânia, contrastando com as sanções impostas pela UE à Rússia. Macron espera influenciar a China a buscar uma resolução do conflito, apesar da iminente visita de Putin a Pequim. A França, sendo a única potência nuclear da UE, é vista como importante para a China.

Apesar das tensões comerciais, a visita de Xi à França inclui a assinatura de acordos comerciais, com destaque para possíveis compras à Airbus. No entanto, a UE acusa a China de acesso injusto ao seu mercado. Enquanto isso, a visita de Xi à Sérvia coincide com o aniversário do bombardeio à embaixada chinesa em Belgrado pelos EUA, um momento que ressoa na narrativa de vítima da China.

Na Hungria, Xi busca reforçar laços em meio a divergências internas da UE. O país, muitas vezes em desacordo com Bruxelas, é visto como uma oportunidade para a China. A estratégia de Xi de cortejar países desencantados com Bruxelas sinaliza uma abordagem diplomática calculada da China na Europa.

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