Entre 2016 e 2018, o número de postos de trabalho na indústria finlandesa de games avançou 16% e chegou a 3,2 mil postos de trabalho. O crescimento foi ainda mais expressivo entre os estrangeiros: as vagas ocupadas por trabalhadores de outros países avançaram 75% nesse mesmo intervalo; esses profissionais já são responsáveis por 27% do total de postos do segmento.
Os dados aparecem no novo relatório da Neogames, associação que reúne as desenvolvedoras finlandesas de jogos eletrônicos. A entidade também registrou o aumento da presença das mulheres no setor: com o crescimento de 40%, elas já respondem por quase 18% das vagas do segmento. A Neogames estima que as empresas do setor vão criar mais 500 vagas nos próximos 12 a 18 meses.
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A indústria faturou € 2,1 bilhões (ou R$ 9,2 bilhões, em valores de hoje) em 2018. O desempenho é menor que os € 2,5 bilhões registrados em 2016, mas o decréscimo não é necessariamente ruim, segundo registra a Neogames – e isso porque o setor está cada vez menos dependente dos resultados da Supercell, criadora de jogos de sucesso como Clash of Clans e Clash Royale. Segundo a entidade, em 2015, a empresa respondeu por 88% do volume de negócios do setor no país, fatia que caiu para 65% no ano passado.
Esse mudança no perfil do setor também apareceu na redução do número de empresas, que passou de 250 em 2016 para 220 em 2018. O número de empresas que agora ganham mais de € 50 milhões aumentou de dois para quatro entre 2016 e 2018, enquanto o de estúdios que faturam mais de € 10 milhões de euros subiu de sete para 11.
Helsinque continua a ser, de longe, o principal centro para as empresas de jogos. A capital finlandesa e seu entorno abrigam 46% da indústria do país, ante 42% em 2016. Essa área também gerou 97% do faturamento do setor, com 75% de todos os funcionários trabalhando lá.