No fim da década passada, a Islândia estava à beira de um colapso econômico, depois que seus três maiores bancos quebraram e seu mercado de ações perdeu 80% de seu valor da noite para o dia. Mas o país conseguiu se reerguer, muito graças ao turismo – e o crescimento dessa indústria tem relação direta com Game of Thrones.
Muitas das locações da série de sucesso da HBO, que chegou ao fim no último domingo (19/5), ficam na Islândia. Os turistas são atraídos pelas belezas naturais do país e pela curiosidade despertada pelas cenas filmadas nas invejáveis paisagens locais. São belezas ora áridas, ora bucólicas – e, com bastante frequência, batizadas com nomes impronunciáveis, como o cânion Fjaðrárgljúfur (foto), onde o personagem Jon Snow (Kit Harington) fez seu primeiro voo de dragão, na oitava e última temporada da série.
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O crescimento consistente da indústria do turismo nos últimos anos, dizem analistas, ajudou a compensar um desempenho abaixo do desejável de outros setores. Em 2011, primeiro ano de exibição de Game of Thrones, a Islândia recebeu 541 mil turistas. No ano passado, foram 2,3 milhões, o maior volume já registrado. Isso significa que o número de visitantes multiplicou-se por quatro nos anos de exibição da série.
Proporcionalmente falando, poucos países no mundo recebem tantos visitantes quanto a Islândia. Os 2,3 milhões de turistas de 2018 equivalem a sete vezes a população do país, que é de pouco mais de 330 mil pessoas. Para efeito de comparação, se o Brasil recebesse visitantes na mesma proporção que os islandeses, desembarcariam no país 1,4 bilhão de pessoas por ano (em vez disso, em 2018, o Brasil recebeu 6,6 milhões de turistas estrangeiros).
A HBO, criadora da série, é transmitida em 170 países. Mais de 17 milhões de pessoas assistiram à estreia da oitava e última temporada no canal, e outros milhões acompanharam seu desfecho no último domingo. Para além desse público, a empresa de monitoramento de pirataria MUSO estima que mais de 54 milhões de pessoas assistiram ilegalmente à estreia da temporada.
Game of Thrones chegou ao fim, mas ela deixa legados em várias frentes, de seu elogiado roteiro, que equilibrou fantasia e tramas políticas, à altamente rentável devoção dos fãs. E, como se vê, a economia islandesa também seguirá a sentir os efeitos benéficos da atração.
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