Futebol: conheça Pia Sundhage, a sueca que comandará a seleção brasileira feminina

Ex-atacante, que conquistou dois ouros olímpicos como treinadora da equipe dos EUA, será a primeira estrangeira na história à frente do time feminino do Brasil

25 de julho de 2019 3 minutos
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Os rumores das últimas semanas se confirmaram: Pia Sundhage é a nova técnica da Seleção Brasileira feminina de futebol. O acerto com a sueca, bicampeã olímpica como treinadora da equipe dos Estados Unidos em 2008 e 2012, ocorreu na terça-feira, e a divulgação oficial foi feita na manhã desta quinta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Esta será a primeira vez que a Seleção Brasileira feminina será comandada por uma estrangeira. Ela assume o cargo após a queda nas oitavas da Copa do Mundo da França e a demissão de Vadão. As conversas começaram logo após a eliminação no Mundial.

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Neste ano, Pia esteve no Brasil a convite da própria CBF para um seminário sobre a categoria. Ela chegou a responder perguntas sobre a seleção e abriu a possibilidade de estar no cargo futuramente. Pia Sundhage chega à seleção brasileira como referência no futebol feminino e carregando a expectativa de ajudar a reformular também as categorias de base. Ela era a treinadora da Suécia que eliminou o Brasil na Rio 2016 e foi vice-campeã posteriormente.

Ex-atacante, Sundhage tornou-se atleta profissional em 1977, atuando pelo Falköpings, como relembra o diário Lance!. Sua carreira foi construía em grande parte na própria Suécia, tendo maior destaque no Jitex e pelo Östers. A Lazio, da Itália, foi sua única equipe fora do país. Como jogadora, ela foi campeã sueca quatro vezes (1979, 81, 84 e 89) e quatro da Copa da Suécia (1981, 84, 94 e 95). Pela seleção de seu país, a atacante marcou 71 gols em 144 jogos. Ela conquistou a edição inicial do Campeonato Europeu Feminino de seleções, que hoje é a Eurocopa, em 1985. Além disso, foi vice em 1987.

A carreira de treinadora começou antes mesmo da aposentadoria como jogadora. Ela acumulou as funções de 1992 a 1994 no Hammarby. Em 1998, tornou-se assistente técnica do Vallentuna, da Suécia, e voltou a exercer a função no também sueco AIK Fotboll e no Philadelphia Charge (EUA). Em 2003, ela assumiu o comando principal do Boston Breakers (EUA).

No ano seguinte, Sundhage voltou à Europa para treinar o Koltbotn (NOR) e ainda passou pelo Örebro (SUE). Por seleções, Pia foi auxiliar da China na Copa do Mundo Feminina de 2007, caindo nas quartas de final para a Noruega. Foi a partir de 2008 que Pia Sundhage ganhou mais destaque. Em 2007, após sofrer uma goleada do Brasil na Copa, os Estados Unidos apostaram no trabalho da sueca para dar a volta por cima. Nos Jogos Olímpicos de 2008 veio o primeiro grande título. Contra a Seleção Brasileira, as norte-americanas venceram por 1 a 0 na prorrogação. Em 2011, na Copa, as americanas perderam para o Japão na decisão. No ano seguinte, em uma revanche contra o Japão, a treinadora conquistou mais um ouro olímpico.

Ainda em 2012, Sundhage assumiu a Suécia. Na Euro de 2013, em casa, a seleção foi eliminada pela Alemanha na semifinal. Depois, em 2015, na Copa do Mundo, as suecas se despediram nas oitavas de final. A recuperação veio em 2016, com a prata olímpica. Ela deixou o cargo em 2017, após a eliminação nas quartas de final da Euro, e no ano passado, ela assumiu a seleção da Suécia sub-17.

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