A Finlândia acaba de apresentar um novo pacote de ajuda às empresas afetadas pela crise do coronavírus. Depois de oferecer financiamentos subsidiados, assegurar garantias para cobrir até 90% dos contratos de empréstimo e adiar o recolhimento de impostos, entre outras ações, o governo vai agora distribuir recursos para bancar despesas fixas das companhias. Com custo estimado em quase € 1 bilhão (R$ 6,4 bilhões), as novas medidas foram anunciadas nesta quinta-feira (14/5).
As empresas terão direito aos novos recursos – entre € 100 mil e € 200 mil (R$ 640 mil a R$ 1,3 milhão) para cada uma – pelos próximos dois meses, independentemente do setor em que atuam. Companhias com custos fixos que não podem ser reduzidos terão prioridade para receber o dinheiro.
“Queremos conter uma onda de falências e demissões”, disse o ministro da Economia da Finlândia, Mika Lintilä, ao anunciar o pacote de enfrentamento da crise. O governo decidiu lançar o novo auxílio porque, com a grande incerteza do cenário econômico, muitas empresas estavam com receio de tomar os empréstimos oferecidos anteriormente.
Regra simples
O valor do auxílio ainda não foi definido, mas deve seguir uma regra simples, afirma o ministro. O Tesouro vai consultar as declarações fiscais das companhias para compará-las com as do ano passado e saber quanto suas receitas caíram durante a pandemia. Essas informações servirão para definir quanto cada uma poderá receber de suporte.
Segundo a Federação Finlandesa de Empresas, quase 10% de todas as companhias do país perderam todas as suas vendas e perto de um terço sofreu quedas de mais de 50%. “A necessidade de apoio contra a crise é enorme. Muitas empresas estão com sérios problemas. A ajuda vai trazer alívio”, diz o presidente da entidade, Mikael Pentikäinen. Com mais de 115 mil empresas filiadas, a federação é a mais importante representante do universo corporativo da Finlândia.
