Finlândia e Dinamarca realimentam o sonho do retorno da Fórmula 1 para a Escandinávia

Com projetos distintos, os dois países tentam ganhar o direito de realizar um grande prêmio; última corrida da categoria na região foi realizada na Suécia há mais de quatro décadas

23 de janeiro de 2019 3 minutos
Europeanway

Em dois projetos distintos, a Finlândia e a Dinamarca alimentam o sonho dos fãs escandinavos de esportes a motor de retorno da Fórmula 1 para a região. A espera tem sido longa. Na Escandinávia, apenas a Suécia já recebeu provas da categoria. Foram, ao todo, seis grandes prêmios, realizados entre 1973 e 1978. 

No momento, o projeto mais concreto é o finlandês. Os administradores do circuito de Kymi Ring, em Iitti, a 110 quilômetros de Helsinque, estão trabalhando com a AKK Motorsport, a entidade que congrega o automobilismo no país, no estudo que vai determinar se o local pode receber uma das provas do mundial de Fórmula 1, como registra o site F1i.

O circuito, de 4,6km de extensão, é novíssimo – ele foi inaugurado no ano passado. Em 2020, Kymi Ring vai receber uma prova da MotoGP, a mais importante competição do motociclismo mundial, mas a meta maior é mesmo receber a categoria que construiu a fama dos pilotos do país, um dos maiores vencedores da história da Fórmula 1. A Finlândia deu ao mundo três campeões mundiais: Keke Rosberg (1982), Mika Häkkinen (1998 e 1999) e Kimi Räikkönen (2007). No entanto, ao lado da Nova Zelândia, a Finlândia é um dos únicos países que tiveram campeões na categoria, mas nunca receberam um GP.

A iniciativa dinamarquesa está mais incerta, mas, ainda assim, seus entusiastas não perderam as esperanças. Em 2017, um consórcio liderado por Helge Sander, ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento do país, e Lars Seier Christensen, ex-controlador do banco de investimentos Saxo Bank, começou a elaborar os estudos para a criação de um circuito de rua em Copenhague, que passaria por alguns dos principais pontos turísticos da cidade. O grupo tinha o apoio da Liberty Media, empresa que controla a Fórmula 1 há dois anos.

O trabalho ganhou corpo nos meses seguintes, mas a iniciativa começou a fazer água a partir do segundo semestre, quando o governo federal e a prefeitura de Copenhague passaram a se desacertar na divisão das despesas para colocar o projeto de pé. Em setembro, o prefeito Frank Jensen disse que a ideia de organizar um grande prêmio "carregava muito risco" para a cidade e seus habitantes. Dois meses depois, a empresa criada para promover a Fórmula 1 em Copenhague foi desfeita.

Mesmo com os reveses, a ideia não morreu. No mês passado, o ex-ministro Helge Sander afirmou que outras cidades estavam dispostas a encampar o projeto que até então estava com a capital do país. "A energia positiva em torno da Fórmula 1 naturalmente fez outros municípios reagirem", disse ele ao jornal Ekstra Bladet.

Copenhague não terá mais um grande prêmio, abrindo espaço para que outras cidades do país abracem a ideia, mas uma exibição organizada pela equipe Red Bull, que levou o ex-plioto David Coulthard para dirigir um de seus carros pelas ruas da cidade em 2012 [foto], deu mostras do que teria sido um grande prêmio na capital dinamarquesa. De fato, a Fórmula 1 perdeu um cenário e tanto.

 

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