European Day 2024 reúne especialistas para debater negócios e o futuro das parcerias entre Brasil e Europa

Luciane Sarabando, diretora na Imagem Corporativa 20 de setembro de 2024 3 minutos
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O painel intitulado “Negócios e Parcerias Brasil-Europa em um Cenário Global de Mudanças”, mediado por Ciro Dias Reis, CEO da Imagem Corporativa, contou com a presença de importantes figuras como o cônsul adjunto da França, representantes da Câmara de Comércio Suécia-Brasil e a cientista e empreendedora brasileira Danielle Moraes. Os palestrantes discutiram temas centrais das relações bilaterais e as oportunidades de colaboração entre os dois continentes.

Jonas Lindström, diretor da Câmara de Comércio Suécia-Brasil, ressaltou o otimismo das empresas suecas em relação ao Brasil, destacando o crescimento dos investimentos e o grande potencial de expansão no país. Ele também mencionou a parceria estratégica entre a Gripen e a Embraer na construção de caças no Brasil, como um exemplo de troca de expertise entre as duas nações. “Apesar dos desafios, o Brasil oferece inúmeras oportunidades para negócios”, afirmou Lindstrom. Segundo uma pesquisa realizada com empresas suecas atuantes no Brasil, o país continua sendo visto como um mercado promissor, com amplas possibilidades de negócios e investimentos.

O cônsul adjunto da França, Ian Balat, destacou a importância de fortalecer as relações econômicas bilaterais, especialmente nos setores de transição energética e economia verde. “O Brasil é o principal parceiro comercial da França na América Latina, com um comércio bilateral de US$ 8,4 bilhões em 2023”, afirmou Balat. Ele também ressaltou que a luta contra a pobreza e as mudanças climáticas devem caminhar juntas, enfatizando o papel da solidariedade internacional. “Não podemos vencer a batalha climática sem, ao mesmo tempo, vencer a luta contra a pobreza. Essa é uma questão de esforço global”, concluiu o cônsul.

A cientista e empreendedora Danielle Moraes abordou as oportunidades para empresas brasileiras na Europa, destacando a importância de superar a barreira de imagem e aumentar a notoriedade do país. “O Brasil é um dos cinco países no mundo com tecnologia hipersônica, e essa competência pode ser uma porta para novas parcerias, inclusive no setor aeroespacial europeu”, disse. Ela também mencionou a entrada do Brasil no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), o maior laboratório de física de partículas do mundo, como uma oportunidade estratégica de intercâmbio e desenvolvimento de talentos.

Sobre como as empresas brasileiras podem se estabelecer na Europa, os palestrantes destacaram o apoio de agências especializadas, consulados e embaixadas. Lindstrom sugeriu que as empresas vejam a Suécia como uma ponte para o mercado europeu, utilizando as câmaras regionais espalhadas pelo país.

Ao falar sobre o segredo para fechar bons negócios, Danielle Moraes frisou a necessidade de valorizar o potencial brasileiro. “O Brasil lidera a América Latina com 24 unicórnios entre as 45 startups de base tecnológica da região. Somos também um dos países mais digitalizados do mundo, o que abre enormes oportunidades de parcerias e desenvolvimento estratégico”, concluiu. Ela reforçou ainda a relevância da transformação digital e da bioeconomia como áreas-chave para o crescimento e inovação do Brasil.

 

 

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