Europa em alerta com retorno de Trump e mudança na presidência da UE

16 de janeiro de 2025 2 minutos
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A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos gerou incertezas geopolíticas que colocam a Europa em estado de alerta. Em meio a tensões globais, a Polônia, ao assumir a presidência rotativa da União Europeia, destacou a necessidade urgente do bloco reforçar sua segurança e autonomia estratégica.

“Os próximos meses serão extremamente desafiadores. É hora de assumirmos a responsabilidade pelo nosso futuro e nossa segurança”, afirmou Adam Szłapka, ministro polonês para Assuntos Europeus, em entrevista ao The Guardian.

O discurso reflete preocupações sobre as promessas de Trump, como negociar o fim da guerra na Ucrânia e sua polêmica ameaça de usar força militar para tomar territórios como a Groenlândia. Essas ações, além de desestabilizarem normas internacionais, impactam diretamente a segurança e a economia global.

Segurança além das fronteiras

Szłapka reforçou que a segurança europeia vai além do aspecto militar, englobando energia, economia e estabilidade interna.

Não é só sobre defesa. Precisamos de soluções abrangentes para garantir a segurança em todas as frentes.

A Polônia, tradicional defensora de uma postura mais rígida contra a Rússia, ampliou as críticas após a invasão da Ucrânia e ganhou novos aliados – já que a guerra mudou a percepção de outras nações europeias sobre o país.

Mudança de tom no bloco europeu

A transição da presidência da Hungria para a Polônia trouxe uma mudança significativa na abordagem do bloco. Sob Viktor Orbán, a Hungria adotava uma postura pró-Rússia e frequentemente entrava em conflito com Bruxelas. A Polônia, por sua vez, busca alinhar os interesses da UE e reforçar a coesão interna.

No entanto, tensões persistem entre os dois países. Um recente episódio envolvendo a concessão de asilo pela Hungria a um ex-ministro polonês acusado de crimes gerou atritos, levando a Polônia a excluir o embaixador húngaro de um evento oficial.

Rumo à proteção do bloco

Especialistas destacam que, para fortalecer a União Europeia, o bloco deve aumentar os gastos com defesa e formar coalizões internas que minimizem vetos individuais, como os frequentemente usados pela Hungria. Além disso, a união em torno de valores como o Estado de Direito e a cooperação internacional será essencial para enfrentar os desafios impostos por Trump.

 

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