Estresse no trabalho custa mais de €100 bilhões por ano à União Europeia e acende alerta sobre saúde mental no ambiente corporativo

29 de abril de 2025 2 minutos
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O estresse relacionado ao trabalho representa um dos maiores desafios econômicos e sociais enfrentados pela União Europeia (UE) em 2025. Segundo um estudo divulgado pelo Instituto Sindical Europeu (ETUI) e pela Confederação Europeia de Sindicatos (ETUC), as perdas anuais associadas à depressão e outras doenças mentais ligadas ao ambiente laboral ultrapassam €100 bilhões. Além disso, estima-se que cerca de 10 mil mortes por ano estejam relacionadas a condições de trabalho estressantes

O relatório destaca que o estresse no trabalho afeta desproporcionalmente diferentes regiões da UE. Países escandinavos, como Dinamarca, Suécia e Finlândia, apresentam menores índices de estresse ocupacional, atribuídos a políticas de bem-estar robustas e acesso facilitado a serviços de saúde mental. Em contrapartida, nações como Grécia, Romênia e Bulgária enfrentam maiores desafios, com níveis elevados de estresse e menor suporte institucional.​

A digitalização acelerada do ambiente de trabalho, embora traga benefícios em termos de flexibilidade, também contribui para o aumento do estresse. Trabalhadores em regime totalmente remoto relatam taxas de estresse de 45%, comparadas a 38% entre aqueles que trabalham presencialmente. Além disso, a falta de engajamento dos gestores, que caiu três pontos percentuais no último ano, é apontada como um fator crítico para a insatisfação geral dos funcionários.

Impacto econômico e necessidade de ação coordenada

O custo econômico do estresse laboral não se limita às perdas diretas com tratamentos médicos, mas se estende à redução da produtividade, aumento do absenteísmo e presenteísmo. Esses fatores comprometem a competitividade das empresas europeias e pressionam os sistemas de saúde pública. Especialistas alertam para a necessidade urgente de políticas coordenadas que abordem a saúde mental no trabalho de forma abrangente, indo além de soluções individuais e focando em mudanças estruturais nas organizações.​

 

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