Os escandinavos fazem parte da lista restrita de países que mais asseguram o cumprimento dos direitos dos trabalhadores, segundo um levantamento feito pela Confederação Sindical Internacional (ITUC, na sigla em inglês). A entidade é a maior união de sindicatos do mundo, com mais de 200 milhões de integrantes.
O levantamento não estabelece notas para cada país. Em vez disso, eles são reunidos em seis diferentes grupos, dos que menos violam direitos trabalhistas ao que menos os asseguram – a sexta lista é a dos que romperam garantias legais, caso dos conflagrados Iêmen, República Centro-Africana e Sudão. Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia compõem o grupo de 12 nações em que a violação de direitos trabalhistas ocorre de maneira apenas esporádica. O Uruguai é o único não-europeu da lista dos melhores.
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Segundo a classificação, no grupo dos 12 mais bem-avaliados, os direitos coletivos de trabalho são, em geral, respeitados. Os trabalhadores podem se unir e defender livremente seus direitos coletivamente com o governo ou empresas e podem melhorar suas condições de trabalho por meio de negociação coletiva. Violações contra os trabalhadores não estão ausentes, mas não ocorrem regularmente.
O estudo está em sua sexta edição. Ao lado do Zimbábue, o Brasil apareceu na lista dos dez piores pela primeira vez. Ambos os países receberam avaliações piores neste ano porque, segundo a ITUC, adotaram leis mais restritivas, reprimiram greves e protestos com violência e registraram ameaças e intimidação a líderes sindicais. O grupo dos piores tem ainda Arábia Saudita, Argélia, Bangladesh, Cazaquistão, Colômbia, Filipinas, Guatemala e Turquia.
Realizado em 145 países, o levantamento compila dados entre os meses de abril de um ano a março de outro. Ao todo, a ITUC avalia 97 indicadores previstos na convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência multilateral das Nações Unidas que se dedica a questões relacionadas ao emprego.
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