A petroleira norueguesa Equinor pretende reduzir para níveis próximos de zero suas emissões de gases de efeito estufa até 2050, segundo um plano apresentado pela companhia neste início de 2020. Essa redução está prevista para todas as operações de extração de petróleo em alto-mar e também para as unidades em terra localizadas na Noruega.
Segundo o cronograma estabelecido pela companhia, as reduções chegarão a 40% até 2030 e a 70% até 2040. Para estabelecer as metas, a petroleira considerou as emissões registradas em 2018, que somaram 13 milhões de toneladas. O volume é similar ao reportado em 2005.
LEIA TAMBÉM:
– Com energia eólica, Noruega projeta uma indústria de US$ 13 bi
– O petróleo é passado? Suécia inaugura inédito museu de combustíveis fósseis
– Para proteger paraíso natural, Noruega rejeita perfurar poço bilionário de petróleo
A meta da Equinor muda o quadro não apenas para a empresa, mas para toda a Noruega. A redução prevista apenas para os próximos dez anos, que equivale a 5 milhões de toneladas, corresponde a 10% do total das emissões do país. Até 2030, ao lado de parceiros, a petroleira investirá 50 bilhões de coroas no projeto, valor equivalente a R$ 23 bilhões.
“A Equinor apoia o Acordo de Paris e uma meta zero líquida de emissões para a sociedade. Isso está alinhado com as metas climáticas da sociedade e com nossa estratégia de criar alto valor com baixas emissões”, disse, em comunicado, Eldar Sætre, CEO da estatal.
O plano da empresa é mais um desdobramento de seus esforços para reduzir o volume de poluentes emitidos em suas operações. Como o Scandinavian Way registrou em outubro, a Equinor confirmou a decisão de investir US$ 660 milhões para abastecer uma plataforma de petróleo com energia eólica, em uma iniciativa inédita no mundo. O projeto Hywind Tampen vai interligar os campos de Gullfaks e Snorre, no Mar do Norte.
Os esforços também têm como pano de fundo a previsão de queda na produção de petróleo na Noruega. Segundo os cálculos da Equinor, a produção de petróleo e gás do país cairá pela metade nos próximos 30 anos. Assim, a companhia trabalha desde já para buscar oportunidades de investimentos em projetos de geração de energia eólica em alto-mar, captura e armazenamento de carbono e gás natural.