Algumas das maiores empresas da Dinamarca dos segmentos de transporte uniram-se para produzir energia limpa para suas operações. A planta ficará em Copenhague e deverá entrar em operação já em 2023, segundo o cronograma do projeto apresentado nesta terça-feira (26/5).
Todas as empresas envolvidas estão entre as maiores dos setores de transporte e logística do país. Na lista estão Maersk (transporte marítimo), DFDS (balsas), DSV Panalpina (operador logístico), o aeroporto de Copenhague e a Scandinavian Airlines, ou SAS, a maior empresa aérea da Escandinávia, que tem o Estado dinamarquês como um de seus controladores. A iniciativa conta ainda com a Ørsted, líder global em geração de energia eólica em alto-mar – e que foi eleita em janeiro a empresa mais sustentável do mundo. COWI e Boston Consulting Group (BCG) vão prestar consultoria às companhias envolvidas.
A futura usina dinamarquesa vai gerar energia limpa a partir da eletrólise. Nesse processo, a passagem de uma corrente elétrica “quebra” as moléculas da água em hidrogênio e oxigênio. Quando estiver operando com plena capacidade, a planta deve se tornar uma das maiores do mundo a gerar energia limpa com eletrólise.
Avanço em etapas
O projeto será desenvolvido em três etapas. Na primeira, em 2023, o combustível a ser gerado será destinado ao transporte terrestre, para uso em ônibus e caminhões. A segunda, prevista para 2027, incluirá a produção de metanol renovável para transporte marítimo e aéreo. Em 2030, meta estabelecida para início da terceira fase, o projeto deve atingir capacidade de gerar mais de 250 mil toneladas de combustível limpo, a ser usado em todos os tipos de transporte.
Segundo as empresas envolvidas, o novo projeto de energia limpa pode ser uma contribuição decisiva para os esforços da Dinamarca de redução de suas emissões de poluentes causadores da crise climática. As metas do país nessa frente estão entre as mais ambiciosas do mundo. Em 2030, os dinamarqueses querem ter emissões de carbono 70% menores que os níveis registrados em 1990.