Empresa da Noruega vai usar restos de peixe para abastecer navios de cruzeiro

A operadora de cruzeiros norueguesa Hurtigruten planeja usar peixes mortos para alimentar alguns de seus navios, segundo informou a companhia na última segunda-feira (26/11). Sobras de peixe morto serão misturadas com outros resíduos orgânicos para fazer um biogás liquefeito a ser usado

28 de novembro de 2018 2 minutos
Europeanway

A operadora de cruzeiros norueguesa Hurtigruten planeja usar peixes mortos para alimentar alguns de seus navios, segundo informou a companhia na última segunda-feira (26/11). Sobras de peixe morto serão misturadas com outros resíduos orgânicos para fazer um biogás liquefeito a ser usado como substituto do óleo combustível pesado, disse a Hurtigruten, que administra cruzeiros para o Ártico e a Antártida, entre outros locais.

Um dos benefícios desse sistema será reduzir o impacto da poluição nas mudanças climáticas do planeta. "O que os outros veem como um problema, nós vemos como um recurso e uma solução", disse o executivo-chefe da empresa, Daniel Skjeldam, de acordo com a agência AFP. "Ao introduzir o biogás como combustível para os navios de cruzeiro, a Hurtigruten será a primeira empresa de cruzeiros a abastecer navios com combustível não-fóssil.”

O primeiro navio de biogás pode estar pronto no fim do próximo ano, segundo o porta-voz Rune Thomas Ege. A empresa pretende ter seis de seus 17 navios capazes de usar uma combinação de biogás, baterias e gás natural liquefeito, o mais limpo dos combustíveis fósseis, até 2021.

O anúncio acontece no momento em que o setor de cruzeiros enfrenta fortes críticas por seu impacto na qualidade do ar. Um grande navio de cruzeiro alimentado por óleo combustível altamente poluente emite quase tantas partículas poluentes diariamente quanto um milhão de carros, segundo o grupo ambientalista alemão Nabu.

A Noruega, que já conta com ônibus movidos a biogás, tem grandes indústrias pesqueiras e florestais que produzem enormes quantidades de resíduos orgânicos. O país tem uma meta de emissão zero para navios de cruzeiro e balsas navegando seus fiordes – listados como patrimônio da humanidade pela UNESCO – até 2026.

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