As taxas de bullying nas escolas europeias têm sido uma preocupação constante, refletindo os desafios sociais enfrentados pelos jovens em diversos países do continente. Enquanto algumas nações têm implementado medidas eficazes para combater esse fenômeno, outras ainda buscam estratégias para lidar com o problema de forma abrangente.
Na Dinamarca, por exemplo, destaca-se uma abordagem proativa para prevenir o bullying desde as fases iniciais da educação, quando as crianças são instruídas a evitar essa forma de agressão.
Segundo reportagem do site Euronews, na Escola Primária Sluseholmen, situada em Copenhagen, os estudantes iniciam o dia com uma sessão de meditação. Para a professora Maja Hindsgaul, o bem-estar é integral ao processo educativo.
Na Sluseholmen, o aprendizado de conviver harmoniosamente é uma parte integrante do ensino. A professora Louise Ibsen explica: “Procuramos sempre que as crianças trabalhem juntas em grupos diversos, misturando meninos e meninas. Não apenas com seus melhores amigos, mas também com aqueles com quem normalmente não interagem. Dessa forma, praticam habilidades sociais, como comunicação e concordância em relação a ideias diferentes”.
Esses métodos são parte de programas adotados em diversas escolas dinamarquesas desde a pré-escola, visando combater o bullying. As crianças abraçam essas práticas de forma plena.
Outros países europeus também vêm adotando estratégias inovadoras para lidar com o bullying. Programas que incentivam a empatia, promovem a diversidade e ensinam habilidades de resolução de conflitos têm sido implementados em diversas escolas. A ideia é não apenas reagir ao bullying quando ocorre, mas também prevenir seu surgimento, promovendo uma cultura escolar mais inclusiva.
No entanto, desafios persistem em muitas partes da Europa, com relatos de incidentes de bullying que impactam negativamente a vida acadêmica e emocional dos estudantes. A conscientização sobre os efeitos prejudiciais do bullying está em ascensão, levando a uma demanda crescente por políticas mais eficazes e por um envolvimento mais ativo da comunidade escolar na prevenção e combate a esse problema.