Com estruturas criadas na Era Viking, a Dinamarca quer ampliar sua presença na lista de patrimônios da humanidade elaborada pela Unesco, a agência das Nações Unidas para as áreas de educação, ciência e cultura. Unidos, cinco prefeitos já trabalham para colocar na relação os fortes milenares que existem em seus municípios.
Além de a chancela reforçar o trabalho de preservação das estruturas, o reconhecimento dado pela Unesco é um instrumento quase infalível de atração de turistas. São, ao todo, cinco fortes, de formato circular. Eles estão localizados na Península da Jutlândia e nas ilhas Fiônia e Jutlândia, duas das maiores do país.
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Os cinco fortes foram construídos há mais de mil anos, durante o reinado de Haroldo I, também conhecido como Haroldo Dente Azul. "A experiência mostra que estar na lista [da Unesco] é um chamariz de turistas", declarou ao jornal DR Nyheder a prefeita de Køge, Marie Stærke.
Segundo pesquisadores, além de atrair visitantes, a inclusão na lista pode estimular o interesse pelos monumentos antigos e ajudar a levantar recursos para pesquisa e divulgação dos locais. A pesquisadora de turismo Lise Lyck, da Copenhagen Business School, acredita que os fortes têm uma boa chance de serem colocados na relação. “Não há tantos fortes vikings no mundo. Ao mesmo tempo, há muito interesse no assunto no momento – inclusive pela conservação, que é um dos trabalhos da Unesco”, disse ela ao DR.
Os prefeitos esperam que sua candidatura esteja pronta para ser enviada à Unesco no ano que vem. Hoje, entre as atrações dinamarquesas reconhecidas como patrimônio da humanidade estão as Pedras de Jelling – que, em suas inscrições rúnicas, aparecem, entre outros dizeres, o mais antigo registro do nome do país existente em território dinamarquês -, o Castelo de Kronborg, construído em 1420, e a Catedral de Roskilde, que foi inaugurada em 1175.