Para acelerar viagens, Dinamarca lança “passaporte da pandemia”

08 de julho de 2020 2 minutos
Copenhague, a capital dinamarquesa: antes do passaporte da pandemia, o país controlou a covid-19 com forte isolamento social

Para acelerar as viagens de seus cidadãos ao exterior, a Dinamarca lançou um certificado que atesta que a pessoa não foi contaminada pelo novo coronavírus. Para controlar a disseminação da covid-19, muitos países têm exigido nos controles de fronteira que os turistas estrangeiros comprovem que não contraíram a doença. O documento dinamarquês – que poderá ser baixado na internet – é, assim, uma espécie de “passaporte da pandemia”.

Para ter acesso ao comprovante, é preciso primeiro solicitar o teste de coronavírus no endereço coronaprover.dk. O agendamento exige que a pessoa utilize a NemID, uma identificação usada pelos dinamarqueses tanto para acesso ao sistema bancário quando a serviços públicos. A NemID também servirá para baixar o comprovante no site do sistema dinamarquês de saúde.

Crianças e adolescentes com menos de 15 anos podem também conseguir o “passaporte da pandemia” por meio da identificação de seus pais; acima dessa idade, a NemID já é individual. Para evitar que as pessoas utilizem exames defasados, o download só poderá ser feito se o teste tiver menos de sete dias.

Debate crescente

A ideia de adoção de “passaportes de imunidade” não é nova, mas o debate ganhou corpo durante a atual pandemia. Os defensores da ideia dizem que ela pode acelerar a recuperação da economia mundial ao facilitar o trânsito das pessoas sem risco de contágio. O que a Dinamarca fez foi dar um passo adiante e já oferecer acesso online a esse documento.

Os dinamarqueses impuseram fortes medidas de isolamento social para conter a pandemia, e a estratégia deu certo. Em maio, após dois meses de quarentena, o país começou a retomar suas atividades gradualmente. Até esta quarta-feira (8/7), a Dinamarca tinha registrado 13,1 mil casos de contaminação e 609 mortes.

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