A Dinamarca é o país que mais avançou no combate às mudanças climáticas e ao aquecimento global nos últimos anos segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (5/12) por pesquisadores da Imperial College, de Londres. A Noruega, em quinto lugar, também aparece em destaque. Reino Unido e Canadá estão na segunda e terceira posições, respectivamente.
O relatório, encomendado pela empresa britância de geração de energia Drax, foi apresentado no momento em que 22 mil delegados de mais de 190 países se reúnem na Polônia para discutir maneiras de cumprir os compromissos assumidos do Acordo de Paris, firmado em 2015. O acordo prevê ações conjuntas para manter a elevação da temperatura global abaixo de 2 graus Celsius neste século.
Os pesquisadores da Imperial College esmiuçaram as medidas tomadas por 25 países, que, somados, representam 80% da população mundial e 73% de suas emissões de carbono. Foram avaliadas as medidas em cinco diferentes frentes, como registrou a agência Reuters: energia limpa, combustíveis fósseis, veículos elétricos, capacidade de armazenamento de carbono e eficiência energética de residências, edifícios e transportes. O Brasil ficou apenas na 20ª posição.
A Dinamarca, segundo o estudo, reduziu as emissões de poluentes em seu setor elétrico ao afastar-se da dependência do carvão na geração de energia e aquecimento residencial, instalou um amplo parque de geração de energia renovável ?e reduziu os subsídios aos combustíveis fósseis em 90% na última década.
O progresso [dos países] "é muito variado", disse Iain Staffell, professor de sistemas de energia sustentável da Imperial, registra a agência Bloomberg. "Grandes avanços têm ocorrido na limpeza da geração global de eletricidade, e a capacidade renovável está aumentando rapidamente em todo o mundo."
Em contrapartida, 40% da eletricidade do mundo ainda vem do carvão. Os países asiáticos, entre eles Indonésia, Índia e Japão, estão aumentando sua dependência de combustíveis fósseis.