Dinamarca e Suécia estão entre os únicos países com direitos iguais para homens e mulheres

Sem avaliar fatores sociais e culturais nem a efetiva aplicação das leis, levantamento do Banco Mundial considerou apenas o texto da legislação de 131 nações

06 de março de 2019 3 minutos
Europeanway

A Dinamarca e a Suécia estão entre os seis países que têm direitos iguais para homens e mulheres, segundo levantamento que acaba de ser divulgado pelo Banco Mundial. O número é uma evolução se comparado ao de uma década atrás, quando nenhum país assegurava total igualdade de direitos, mas mostra como o avanço tem ocorrido de maneira ainda bastante lenta no mundo.

Além das duas nações escandinavas, Bélgica, França, Letônia e Luxemburgo foram as únicas a marcar 100 pontos no relatório "Women, Business and the Law 2019", publicado pelo banco no último fim de semana. Das seis, a França foi a que mais avançou na última década ao implementar uma lei para punir a violência doméstica, criar penalidades para o assédio sexual no local de trabalho e introduzir a licença parental remunerada.

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Segundo o Banco Mundial, o estudo teve como objetivo "desenvolver uma melhor compreensão de como o emprego e o empreendedorismo das mulheres são afetados pela discriminação legal". A pesquisa levou em consideração apenas o texto das leias. Não foram medidos fatores sociais e culturais e nem como (e se) as leis foram efetivamente aplicadas.

Entre os critérios analisados estão os direitos de ir a diferentes lugares, conseguir um emprego, receber salário, casar, ter filhos, administrar um negócio, gerenciar patrimônio e obter uma pensão. Esses tópicos foram divididas em perguntas como: "Uma mulher pode viajar para longe de casa da mesma maneira que um homem?" e "Existe legislação especificamente voltada para a violência doméstica?"

Ao todo, foram avaliados 131 países. A média global foi de 74,71, um aumento de mais de quatro pontos em comparação com os dados de uma década atrás. No entanto, a pontuação indica que, em média, as mulheres ainda têm acesso a apenas três de cada quatro direitos assegurados aos homens.

Segundo cálculo da rede CNN, se o ritmo de evolução se mantiver, a igualdade de direitos para homens e mulheres só vai ser atingida em 2073. O Brasil apareceu em 71º lugar no estudo, com 81,88 pontos, empatado com Montenegro, Tajiquistão e Vietnã.

Clique aqui e conheça o estudo completo.

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