Dinamarca deve reduzir em 70% gases de efeito estufa até 2030

19 de janeiro de 2021 2 minutos
Europeanway

A meta é ambiciosa: reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 70% abaixo dos níveis de 1990 até 2030, com emissões líquidas zero previstas para 2050. Esse é o objetivo da Dinamarca com sua nova lei climática. Com isso, o país nórdico segue no caminho de vir a ser um dos locais mais amigáveis ao clima no mundo. A meta proposta pelos dinamarqueses é mais ambiciosa do que a prevista pela União Europeia, que se propõe a uma queda de 50% nas emissões de gases no mesmo período. 

De olho nas propostas da Dinamarca, o corpo técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI), fez suas análises na “estratégia verde” dinamarquesa e então fez algumas sugestões e ajustes para que o país atinja sua meta. De acordo com o documento do fundo que segue em linha com as recomendações anteriores, a ideia é manter uma estratégia abrangente com “maior precificação do carbono, reforçada por incentivos fiscais em diferentes setores”. Entre as sugestões, cortes de impostos sobre o trabalho a partir do uso das receitas geradas pelo carbono. 

Para o FMI, ao elaborar uma política climática eficaz que proteje a maioria das pessoas, a estratégia da Dinamarca de fazer grandes cortes em suas emissões poderia ser mais viável.

O documento destaca os grandes incentivos para a mitigação do clima, com proteção das famílias e empresas em relação aos altos preços de energia. O fundo defende que as medidas sejam distribuídas para diferentes setores como forma de evitar os altos preços do carbono, “limitando-os à metade do nível sugerido atualmente pelo Conselho Dinamarquês para Mudanças Climáticas”. O impacto econômico desse preço mais baixo de carbono chegaria a cerca de 0,2% do PIB.

“Taxas em produtos com altas emissões combinadas com descontos em produtos com baixas emissões – são recomendadas para setores com altas emissões. Eles poderiam ser especialmente úteis para reduzir as grandes emissões agrícolas da Dinamarca do grande número de animais de criação do país. A taxação de produtores que cultivam sem seguir medidas de sustentabilidade, levaria a recompensas à medida que mudam para a agricultura sustentável. Este programa pode proporcionar uma transição justa de baixo carbono que preserva a lucratividade e os empregos”, destaca o documento do FMI.

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