Cozinha de aluguel: em vez de vender móveis, a sueca Ikea testa novo modelo de negócios

Com abordagem mais sustentável, a maior varejista de mobiliário e decoração do mundo inova ao lançar operação em que vai alugar móveis de escritório e também de uso doméstico

20 de fevereiro de 2019 3 minutos
Europeanway

A sueca Ikea, a maior varejista de móveis do mundo, decidiu testar um novo modelo de negócios: como parte dos esforços de tornar-se mais ecologicamente responsável, em vez de vender, a empresa vai alugar mobiliário. A ideia será implantada inicialmente com móveis de escritório, como mesas e cadeiras, mas os usados em cozinhas residenciais também estão nos planos.

Segundo o jornal britânico The Guardian, a estratégia faz parte de um esforço mais amplo, no centro do qual está a venda de mercadorias que podem ser consertadas, reutilizadas, recicladas ou revendidas. Isso dará mais vida útil às peças – e aí está o raciocínio ecologicamente correto do plano.

“Você poderia dizer que o leasing é outra maneira de financiar uma cozinha. Mas, quando esse modelo circular estiver em funcionamento, teremos um interesse muito maior não apenas em vender um produto, mas em ver o que acontece com ele e com o consumidor que está em sua posse”, disse ao jornal Financial Times Torbjorn Lööf, diretor executivo da Inter Ikea, controladora da varejista.

Segundo o executivo, a empresa sueca também está considerando lançar seu próprio negócio de peças de reposição para que os clientes possam substituir componentes, como dobradiças ou parafusos, em móveis que não estão mais em estoque na rede. O projeto-piloto de aluguel de móveis de escritório deve ser lançado inicialmente na Suíça. 

No Reino Unido, os consumidores já podem devolver alguns tipos de móveis usados ??às lojas para revenda ou doação para instituições de caridade. Além disso, as unidades agora oferecem também serviços de reparo e reembalagem para o reaproveitamento de itens danificados que ainda estão em condições de uso.

Esse não é o primeiro passo da Ikea para se tornar uma empresa mais sustentável. A companhia já revelou a meta de, até 2020, obter 100% da madeira e do papel utilizados em suas operações de fontes mais sustentáveis. A varejista também trabalha para abandonar completamente a dependência de combustíveis fósseis até 2030.

A empresa já investiu o equivalente a mais de R$ 7 bilhões em energias renováveis, em desembolsos que incluem parques eólicos e placas de energia solar na cobertura. Ela tem mais de 100 mil hectares de florestas plantadas e investiu em um negócio de reciclagem de plásticos como parte de seus esforços para construir um ambiente mais sustentável.

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