Conheça o Parlamento Europeu e seus novos desafios

Ciro Dias Reis, CEO da Imagem Corporativa 05 de junho de 2024 3 minutos
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As eleições para o Parlamento Europeu que ocorrem esta semana têm como moldura um cenário sensível para a União Europeia (EU).

A legislatura que agora chega ao fim foi marcada pela pandemia da COVID-19, pela guerra na Ucrânia e pelas consequências destes dois acontecimentos, tais como o aumento da inflação no continente; a fragilização de cadeias produtivas antes consolidadas; o aumento da polarização política.

Estão em jogo 705 vagas de eurodeputados, distribuídas de acordo com a população de cada um dos membros. Existem 400 milhões de pessoas aptas a votar nos 27 países membros.

O Parlamento Europeu é o poder legislativo da UE e juntamente com o Conselho da organização aprova diferentes normas e leis válidos para todo o bloco (o Conselho da União Europeia define políticas gerais para a região e é formado pelos chefes de Estados ou de governo dos países-membros; pelo seu presidente; pelo presidente da Comissão Europeia, atualmente a alemã Ursula von der Leyen).

Os eurodeputados não atuam como representantes dos países que os elegeram, mas sim como agrupamentos de afinidade política. São oito os principais agrupamentos, sendo os maiores deles o PPE dos democrata-cristãos com 187 eurodeputados; a aliança de socialistas e democratas do S&D, com 147 representantes; o  RE (Renew Europe), de centro, que possui atualmente 98 cadeiras.

Mais de um terço dos eurodeputados são mulheres.

A próxima legislatura deverá atuar em um contexto de ampliação do número de países membros na UE. Há vários candidatos para aderir à EU, que para serem aceitos precisam adaptar suas legislações e assim garantir alinhamento em relação às regras do bloco europeu. Os países oficialmente reconhecidos como candidatos neste momento são: Albânia; Bósnia-Herzegovina; Geórgia; Moldávia; Montenegro; Macedónia do Norte; Sérvia; Turquia e Ucrânia.

Outro desafio dos novos eurodeputados será o tema das mudanças climáticas, assunto que mobiliza políticos, empresas e a sociedade em geral na Europa mais do que em qualquer outra região do planeta.

Antes do processo eleitoral cada grupo político publicou seus manifestos e expôs sua visão sobre o futuro da EU visando atrair um eleitorado que dificilmente, a cada renovação do Parlamento Europeu, supera os 50% de comparecimento às urnas.

Analistas de forma geral há meses vêm apontando o crescimento da participação de agremiações conservadoras, nacionalistas e de extrema-direita na composição do novo Parlamento.

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