A Comissão Europeia apresentou recentemente a segunda parte do pacote de outono do Semestre Europeu, delineando estratégias para abordar os desafios socioeconômicos que a União Europeia (UE) enfrentará em 2025. Este pacote inclui recomendações sobre a política econômica da área do euro, o Relatório sobre o Mecanismo de Alerta e a proposta do Relatório Conjunto sobre o Emprego.
A Comissão enfatiza a necessidade de ações coordenadas entre os Estados-Membros para fortalecer a competitividade e garantir a estabilidade macroeconômica. As principais recomendações incluem:
- Inovação: Incentivar avanços tecnológicos, especialmente em áreas críticas, para manter a competitividade global.
- Ambiente empresarial: Simplificar regulamentações e facilitar o acesso a financiamentos, promovendo um ambiente mais favorável aos negócios.
- Investimentos estratégicos: Apoiar investimentos públicos e privados nas transições ecológica e digital, além de fortalecer as capacidades de defesa.
- Capacitação da força de trabalho: Promover a qualificação e requalificação profissional, aumentando a participação no mercado de trabalho.
- Sustentabilidade fiscal: Assegurar conformidade com o novo quadro orçamental e monitorar riscos à estabilidade macrofinanceira.
Este relatório identifica potenciais desequilíbrios macroeconômicos que podem afetar a economia da UE. Em 2025, análises aprofundadas serão realizadas em países como Chipre, Alemanha, Grécia, Itália, Hungria, Países Baixos, Romênia, Eslováquia e Suécia. A Estônia também será analisada devido a riscos específicos relacionados a novos desequilíbrios, como perda de competitividade e aumento do endividamento das famílias.
O relatório destaca a resiliência do mercado de trabalho da UE, com taxas de emprego atingindo níveis recordes. No entanto, a produtividade do trabalho tem desacelerado, o que pode comprometer a competitividade global da UE. Além disso, embora os salários reais tenham começado a se recuperar, ainda não compensaram totalmente a perda de poder de compra dos anos anteriores.
A escassez de mão de obra e de competências continua sendo um obstáculo significativo, levando a Comissão a apresentar um plano de ação em março de 2024 para enfrentar esses desafios.