Com suecos entre interessados, Vale detalha gestão de barragens

Fundo de pensão AP Funds, da Suécia, alega perda de confiança na mineradora brasileira desde a tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro

11 de junho de 2019 2 minutos
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A partir do pedido de um grupo de investidores que inclui o fundo de pensão sueco AP Funds, a Vale apresentou um conjunto de explicações sobre seu trabalho de gerenciamento de barragens de rejeitos. Nos arquivos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e publicados no último sábado (8/6), a mineradora afirma estar “passando por um momento crítico” e se disse comprometida com as comunidades afetadas pelo rompimento das barragens em Brumadinho e Mariana, ambas em Minas Gerais.

“A Vale está apoiando com total transparência a investigação das causas da tragédia”, disse o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, em carta endereçada ao Conselho de Pensões da Igreja da Inglaterra e ao conselho de ética do fundo de pensão público AP Funds.

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Em fevereiro, a fundação sueca afirmou ter perdido a confiança na Vale e recomendou a exclusão da empresa dos fundos AP1, AP2, AP3 e AP4. À época, o comunicado dizia que a mineradora não parecia ter empregado medidas suficientes no gerenciamento de barragens após a tragédia ocorrida em novembro de 2015 em Mariana, o que teria ficado evidente em janeiro deste ano, com o rompimento da barragem de Brumadinho.

“Entre 2016 e 2019, os investimentos em gestão de barragens totalizarão R$ 786 milhões (aproximadamente US$ 220 milhões), aplicados em iniciativas relacionadas a manutenção e segurança de barragens”, diz o texto da mineradora. Entre as iniciativas, a Vale cita obras de melhorias, auditorias, análises de risco, implementação de sistemas de alerta, radares, entre outros.

Desde maio, a Vale mantém em alerta os moradores de Barão de Cocais (MG) para a possibilidade de rompimento do talude da mina de Gongo Soco. A previsão era de que o talude se rompesse entre os dias 19 e 25 de maio, mas isso ainda não ocorreu. Na última sexta-feira (7/6), a Vale disse ter identificado movimentação de fragmento do talude norte da cava da mina, mas que o desprendimento deve ocorrer sem maiores consequências.

(Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

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