Os projetos de geração de energia eólica em alto-mar, os chamados offshore, podem gerar riqueza entre US$ 7,7 bilhões e US$ 13 bilhões em um período de 30 anos e criar até 128 mil empregos na Noruega. A projeção acaba de ser apresentada pela consultoria norueguesa Menon Economics.
Para explorar ao máximo o enorme potencial dessa indústria, diz o estudo, o país precisa dar passos que incluem o fortalecimento de seu mercado interno e assumir um papel de pioneirismo no desenvolvimento dessa tecnologia. Considerado o país mais "verde" do mundo, a Noruega as hidrelétricas como sua principal fonte de eletricidade, com 97% do total.
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A estimativa da Menon Economics considera a construção subsidiada de dois parques eólicos flutuantes de 500MW na próxima década. Além disso, a projeção é que, ao longo desses 30 anos, 80% do mercado de eólicas offshore seja controlado por capital norueguês e 20% por estrangeiros.
Esse passo dado pela Noruega em direção a energias mais limpas mostra que é possível repensar o futuro sem que se abra mão da riqueza que, ao longo das últimas cinco décadas, transformou o país em um dos mais prósperos do planeta: o petróleo. Foi a Equinor, a maior petrolífera norueguesa, que construiu o primeiro parque eólico comercial flutuante do mundo, o Hywind (foto), localizado na Escócia.
Em agosto, a Enova, agência de fomento estatal norueguesa que financia projetos sustentáveis de geração de energia, aprovou um empréstimo de 2,3 bilhões de coroas (R$ 1,05 bilhão) para a Equinor levar adiante o projeto Hywind Tampen. Este será o primeiro parque eólico flutuante do mundo a fornecer energia renovável para instalações offshore de petróleo e gás.