Com a Suécia em primeiro, escandinavos lideram ranking de transição energética

Levantamento do Fórum Econômico Mundial avalia os países de acordo com suas iniciativas de redução da dependência de combustíveis fósseis

26 de março de 2019 3 minutos
Europeanway

Os escandinavos foram o grande destaque na nova edição do ranking de transição energética, levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial para avaliar as iniciativas dos países para reduzir sua dependência de combustíveis fósseis. A Suécia ficou em primeiro lugar, com Noruega, Finlândia e Dinamarca ocupando, respectivamente, terceira, quarta e quinta posições. A Islândia apareceu em décimo lugar.

O estudo avaliou o desempenho dos atuais sistemas energéticos dos países medindo três dimensões: segurança energética e acesso à energia, sustentabilidade ambiental do sistema e potencial para crescimento e desenvolvimento econômico sustentável. No levantamento, divulgado nesta segunda-feira (25/3), os pesquisadores identificam ainda se há condições para viabilizar a transição para uma economia de baixo carbono.

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Na avaliação do Fórum Econômico Mundial, a transição energética em nível global estagnou-se nos últimos cinco anos – e, embora mais gente tenha acesso à energia, o progresso foi quase nulo do ponto de vista meio ambiental, de acordo com o relatório.

Como registra a agência EFE, o estudo critica as economias mais importantes do planeta pela pouca disposição para abordar os desafios mais importantes da transição energética. O Fórum Econômico Mundial lembra, por exemplo, que os países mais bem-colocados no ranking representam menos de 2,6% das emissões anuais globais.

Segundo o relatório, a estagnação na transição energética tem entre suas principais razões o fato de o carvão continuar sendo utilizado maciçamente para a produção de energia na Ásia. As energias fósseis representam 81% do abastecimento total de energia primária, uma proporção que se manteve quase inalterada nas últimas três décadas, segundo o estudo.

Pela primeira vez em três anos, o consumo de carvão aumentou em 2018. Isso explica por que as projeções de emissões de dióxido de carbono indicam que estas aumentaram em mais de 2% em 2018 – o que, se for confirmado, terá sido o nível mais alto desde 2014.

Segundo o levantamento, a América Latina e o Caribe é a região do mundo que consegue melhor pontuação em sustentabilidade meio ambiental no contexto da transição energética graças à sua capacidade de geração hidrelétrica. “A integração regional dos mercados elétricos, assim como de infraestrutura e mobilidade (…), podem contribuir para maiores melhorias”, recomenda o relatório. O Brasil apareceu na 46ª colocação no ranking.

Clique aqui e conheça o relatório completo.

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