Os escandinavos foram o grande destaque na nova edição do ranking de transição energética, levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial para avaliar as iniciativas dos países para reduzir sua dependência de combustíveis fósseis. A Suécia ficou em primeiro lugar, com Noruega, Finlândia e Dinamarca ocupando, respectivamente, terceira, quarta e quinta posições. A Islândia apareceu em décimo lugar.
O estudo avaliou o desempenho dos atuais sistemas energéticos dos países medindo três dimensões: segurança energética e acesso à energia, sustentabilidade ambiental do sistema e potencial para crescimento e desenvolvimento econômico sustentável. No levantamento, divulgado nesta segunda-feira (25/3), os pesquisadores identificam ainda se há condições para viabilizar a transição para uma economia de baixo carbono.
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Na avaliação do Fórum Econômico Mundial, a transição energética em nível global estagnou-se nos últimos cinco anos – e, embora mais gente tenha acesso à energia, o progresso foi quase nulo do ponto de vista meio ambiental, de acordo com o relatório.
Como registra a agência EFE, o estudo critica as economias mais importantes do planeta pela pouca disposição para abordar os desafios mais importantes da transição energética. O Fórum Econômico Mundial lembra, por exemplo, que os países mais bem-colocados no ranking representam menos de 2,6% das emissões anuais globais.
Segundo o relatório, a estagnação na transição energética tem entre suas principais razões o fato de o carvão continuar sendo utilizado maciçamente para a produção de energia na Ásia. As energias fósseis representam 81% do abastecimento total de energia primária, uma proporção que se manteve quase inalterada nas últimas três décadas, segundo o estudo.
Pela primeira vez em três anos, o consumo de carvão aumentou em 2018. Isso explica por que as projeções de emissões de dióxido de carbono indicam que estas aumentaram em mais de 2% em 2018 – o que, se for confirmado, terá sido o nível mais alto desde 2014.
Segundo o levantamento, a América Latina e o Caribe é a região do mundo que consegue melhor pontuação em sustentabilidade meio ambiental no contexto da transição energética graças à sua capacidade de geração hidrelétrica. “A integração regional dos mercados elétricos, assim como de infraestrutura e mobilidade (…), podem contribuir para maiores melhorias”, recomenda o relatório. O Brasil apareceu na 46ª colocação no ranking.
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