Com a guerra entrando em seu terceiro ano, os desafios aumentam para os ucranianos

06 de março de 2024 3 minutos
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Dez anos se passaram desde o início do conflito com os separatistas apoiados pela Rússia, e dois anos após a invasão ordenada por Moscou, os ucranianos encontram-se exaustos, mas mais determinados do que nunca a rejeitar os intrusos. Em um país onde praticamente todas as famílias foram afetadas pela guerra, seja com a perda de familiares ou a transformação em refugiados, o otimismo em relação ao futuro ainda persiste entre a maioria, apesar das adversidades.

No entanto, uma pesquisa recente revelou que apenas 10% dos europeus acreditam que a Ucrânia possa vencer militarmente a Rússia. Realizada pelo centro de estudos políticos Conselho Europeu de Relações Exteriores em 12 países da União Europeia, a pesquisa mostrou que cerca de 20% dos entrevistados acreditam que a Rússia pode vencer, enquanto 37% pensam que o conflito terminará em acordo entre os dois países.

Geograficamente, os habitantes da Polônia, Suécia e Portugal são os mais otimistas, enquanto húngaros e gregos são os mais pessimistas sobre as possibilidades de uma vitória militar ucraniana. Simultaneamente, 31% dos entrevistados são a favor da ajuda dos países europeus para que a Ucrânia recupere os territórios perdidos, enquanto 41% defendem que a Europa deve instar os ucranianos a negociar um acordo de paz.

Com a guerra entrando em seu terceiro ano, os desafios aumentam para os ucranianos. A incerteza se torna cada vez mais comum, mesmo entre aqueles que mantêm a crença em uma eventual “vitória”.

No entanto, os desafios políticos internos também se intensificam. O presidente Volodymyr Zelensky enfrenta críticas e conflitos públicos. Sua decisão de remover o comandante das forças armadas gerou controvérsias, com preocupações sobre a capacidade do sistema político ucraniano de gerenciar as crescentes tensões.

Um ponto crítico se aproxima em maio, quando o mandato presidencial de Zelensky oficialmente termina. Enquanto as conversas políticas em Kyiv giram em torno de questões de legitimidade, especialistas alertam sobre os desafios que aguardam o país. A lei marcial é clara ao permitir que o presidente continue no cargo até que outro seja eleito, sendo também impossível realizar eleições sob as mesmas disposições.

Apesar das incertezas e desafios, o apoio público a Zelensky permanece significativo. Pesquisas do Centro Razumkov, uma empresa sociológica local, mostram que a confiança nele permanece em 70%, refletindo um apoio sólido em meio a tempos turbulentos para a Ucrânia.

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