A estudante de física Jennifer Briggs, da Universidade Pepperdine, na Califórnia, descobriu um recuo incomum no campo magnético da Terra – e o achado deveu-se à aparição de uma aurora boreal nos céus da Noruega com características inéditas, segundo os cientistas da Nasa. A revelação da descoberta foi feita no fim de 2019 – a estudante é estagiária da agência espacial americana.
Esta é a primeira vez que pesquisadores observam as chamadas luzes do norte formadas por uma compressão no campo magnético do planeta. Explica-se: em circunstâncias normais, as auroras boreais são vistas no céu quando muitas partículas de alta energia do Sol, chamadas de vento solar, inundam a Terra. No entanto, os cientistas não encontraram nenhuma atividade incomum ou intensificada que pudesse levar a esse resultado.
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Segundo o site Business Insider, os pesquisadores ainda não sabem ao certo por que a crise magnética aconteceu, mas acreditam que uma tempestade sem precedentes na região em que o campo magnético encontra partículas do Sol pode ter sido a causa do fenômeno. Ainda assim, mesmo que a hipótese seja verdadeira, não se sabe de onde a tempestade veio e o que a causou.
A estudante chegou à descoberta por acaso, quando ela avaliava imagens da aurora incomum captadas no céu do arquipélago norueguês de Svalbard, perto do Círculo Polar Ártico. "Imagine uma pessoa dando um soco no campo magnético da Terra", descreveu ela. "Houve uma compressão massiva, mas localizada".
As auroras criadas pelo fenômeno são, sem dúvida, belíssimas, mas elas não deixam de preocupar os cientistas. A súbita explosão de partículas carregadas pode interferir nas comunicações eletrônicas, confundir sistemas de GPS, empurrar os satélites para fora da órbita do planeta, colocar astronautas em perigo e, em caso de uma erupção de grandes proporções, até acabar com as redes elétricas.