Barcelona: feita por inteligência artificial, modelo pode ganhar R$ 50 mil ao mês 

27 de novembro de 2023 3 minutos
Europeanway

Uma conta no Instagram com mais de 150 mil seguidores mostra uma bela jovem, posando com desenvoltura para a tela do smartphone, fazendo campanhas e oferecendo cupons de descontos online – como qualquer influenciadora. Mas ela não é um ser humano. 

E também não é um robô. Aliás, mais ou menos. 

Aiana Lopez tem feito sucesso nos últimos dias por uma característica bastante singular: ela não existe na “vida real”, pois trata-se de uma mulher produzida por inteligência artificial.  

Ela foi desenvolvida pela agência The Clueless, de Barcelona, na Espanha, que vê na bela garota de cabelos cor-de-rosa um case de sucesso, colocando a empresa em vários continentes na última semana, diante dos bons resultados da AI model. 

Na página inicial do site da companhia está a seguinte apresentação: “Somos uma agência de modelos de inteligência artificial que faz uma curadoria cuidadosa e duradoura de pessoas que representam diferentes personalidades, impactando o mundo virtual com seu charme autêntico”.  

Na prática, deu grande relevância aos criadores, que buscavam nessa personagem a chance de conseguir bons resultados no marketing de influência, porém sem ter de lidar com egos e assessorias atrelados ao contexto dos influencers.  

Hoje Aitana vende produtos, faz anúncios e até estrela fotos sensuais de lingerie para uma plataforma de conteúdos semelhante ao mundialmente conhecido OnlyFans.  

Cobra um bom preço pelas ações e já resgata, hoje, uma média de 3 mil euros mensais. Os produtores afirmam que há potencial para que chegue a 10 mil, o que equivale a cerca de R$ 50 mil por mês. 

Muito além da imagem 

Com uma aparência física chamativa, a modelo virtual recebe, constantemente, mensagens de pessoas que acreditam que ela seja real. Na maioria dos casos, possíveis pretendentes. 

Até um famoso ator latino teria sido “enganado” pela beleza de Lopez.  

Apesar dos traços físicos e das roupas chamativas, só a imagem não seria suficiente para gerar todo o sucesso da iniciativa. Segundo seus criadores, foi necessário pensar em uma história e todo um alicerce para a sua persona.  

Ela tem gostos, hobbies e outras características que foram estudadas, pensando no nicho em que poderia impactar de forma positiva. Nesse caso, nota-se uma aproximação à cultura oriental e gamer, em alta na Web.  

Marcas das mais variadas naturezas estão buscando a agência para ter seus produtos vinculados à modelo. Agora ela já possui uma colega digital, Maia Lima, que se apresenta com um estilo mais “tímido”, como revela seu perfil.  

Segundo o fundador da The Clueless, o designer Rubén Cruz, existe a esperança de que o advento das AI models possa, de alguma forma, democratizar o acesso a esse tipo de influência, além de afastar números exorbitantes como os postos de milhões de dólares da atualidade.  

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