O BCE (Banco Central Europeu) publicou no dia 26 de julho um relatório sobre o teste de resiliência de cibersegurança realizado com mais de 100 instituições financeiras do bloco. Os testes de resiliência, que começaram a ser realizados em janeiro, simularam cenários onde todas as medidas preventivas falharam e as instituições tiveram seus bancos de dados diretamente afetados. Mediu-se então a capacidade de resposta e recuperação de dados, além da eficácia das instituições em informar o mercado corretamente do ocorrido, implementar medidas corretivas e a eficiência dos planos de contingência.

“Os resultados do teste de estresse são esclarecedores e mostraram que, embora os bancos tenham estruturas de resposta e recuperação de alto nível em vigor, ainda há espaço para melhorias”, disse a supervisora ​​do BCE, Anneli Tuominen. O relatório orienta os bancos a trabalharem em como garantir a continuidade dos negócios após um ataque, reforçar suas medidas de backup e analisar mais de perto os provedores externos, entre outras recomendações.

O resultado do teste de resiliência será integrado ao Supervisory Review and Evaluation Process publicado pela autoridade monetária anualmente, e servirá de base para o aperfeiçoamento contínuo das diretrizes de gestão de risco dos bancos que atuam sob a supervisão do BCE.

A cibersegurança voltou a ser um tema quente nas discussões do Parlamento Europeu após a falha de segurança que derrubou milhares de sistemas críticos no último dia 19 de julho. O BCE já havia emitido um alerta em 2023 para o crescente número de ataques contra o sistema financeiro do bloco, que se multiplicaram após o início da guerra na Ucrânia. A recém reeleita presidente da União Europeia, Ursula von der Leyer, se comprometeu a apresentar um novo plano de segurança digital para hospitais e provedores de saúde durante os 100 primeiros dias de seu novo mandato.