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Graças à curiosidade e à paixão dos chamados caçadores de aurora boreal, os cientistas têm agora informações sobre a existência de uma nova forma de aparição do fenômeno. Os registros das imagens inéditas foram feitos na Finlândia por um grupo de fotógrafos e astrônomos amadores.
Caracterizada por ondas de luz colorida – em geral, verde – no céu, a aurora boreal surge quando partículas elétricas emitidas pelo Sol entram na atmosfera da Terra e colidem com gases como oxigênio e nitrogênio. As luzes se apresentam en várias formas, como arcos, espirais e auréolas. Mas, graças ao grupo finlandês, descobriu-se que o fenômeno também aparecem em forma de duna.
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O achado ocorreu depois que Minna Palmroth, professora de Física Computacional Espacial da Universidade de Helsinque, recebeu um convite para participar de um grupo de apaixonados por aurora boreal no Facebook, o Northern Lights (nome do fenômeno em inglês). A pesquisadora publicou, no fim de 2018, o livro Revontulibongarin opas (“Um guia para observadores da aurora boreal”, em tradução livre), que nasceu da colaboração da professora com os entusiastas do grupo no Facebook.
Em uma grande coincidência, quando Palmroth tirava dúvidas de integrantes do grupo, dias após a publicação do livro, alguns deles observaram uma forma incomum de aurora e a alertaram. Assim, a cientista e membros do grupo puderam avaliar o fenômeno no exato momento em que estava no céu.
Para aprofundar os estudos, a pesquisadora sugeriu que os integrantes do grupo tirassem fotos do fenômeno em diferentes locais da Finlândia, ao mesmo tempo. “Foi como montar um quebra-cabeça ou fazer um trabalho de detetive”, escreveu Matti Helin, em comunicado da Universidade de Helsinque.
Os últimos meses têm sido ricos em descobertas de formas inéditas da aurora boreal – e sempre graças às aparições do fenômeno nos céus da Escandinávia. Um outro achado do gênero foi registrado em dezembro, na Noruega, mas, nesse caso, ao contrário do que envolveu os finlandeses, foram pesquisadores profissionais que captaram as imagens.
Talvez você não tenha se dado conta disso, mas as redes sociais também podem ser uma ferramenta de investigação científica. Os curiosos astrônomos amadores da Finlândia são a prova disso.
O vídeo a seguir explica onde estão as luzes em formato de duna. Assista: