Acordo Mercosul-União Europeia deve baratear queijo e vinho no Brasil

08 de janeiro de 2025 2 minutos
Europeanway

O acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia em dezembro de 2024 promete transformar o mercado brasileiro, com destaque para a redução de tarifas sobre produtos como queijos e vinhos europeus. Após mais de duas décadas de negociações, o tratado estabelece a eliminação gradual de tarifas de importação, tornando itens premium do mercado europeu mais acessíveis ao consumidor brasileiro.

Atualmente, os vinhos importados da Europa enfrentam uma taxa de 27%, o que encarece significativamente seu preço final. O mesmo ocorre com os queijos e outros produtos lácteos, que deverão ganhar competitividade no Brasil com o fim progressivo das tarifas. O azeite de oliva, amplamente consumido no país e majoritariamente importado, também está entre os produtos que devem se beneficiar do acordo.

Para o consumidor, o impacto é claro: maior oferta e preços mais competitivos. No entanto, o setor de laticínios brasileiro observa o tratado com cautela, temendo a concorrência com produtos europeus que recebem subsídios significativos. Especialistas destacam que o acordo traz oportunidades para ampliar o acesso a produtos de qualidade, mas também exige atenção para proteger a produção nacional diante de novas condições de mercado.

O pacto reflete um movimento estratégico do Mercosul para se inserir de forma mais relevante no comércio global, enquanto a União Europeia busca consolidar sua presença em mercados emergentes. Apesar do otimismo, os benefícios não serão imediatos. O cronograma para eliminação das tarifas pode levar até 15 anos, e a ratificação do acordo pelos parlamentos de cada país ainda depende de negociações políticas e econômicas.

Europeanway

Busca