A revolução do 5G: tráfego de dados móveis na Europa prestes a triplicar

16 de janeiro de 2024 3 minutos
Europeanway

Nos últimos anos, a Europa testemunhou uma explosão no consumo de dados móveis, e as projeções indicam que essa tendência está longe de desacelerar. De acordo com uma análise realizada pela GSMA, um grupo internacional que representa mais de mil operadoras e fabricantes de telefonia móvel em 220 países, o tráfego de dados móveis na região está programado para triplicar até 2028.

Essa previsão impressionante tem suas raízes na rápida adoção da tecnologia 5G, uma revolução que está transformando a paisagem das comunicações móveis. A pesquisa, divulgada pela Reuters, aponta que o salto exponencial no tráfego de dados está intrinsecamente ligado à implementação e expansão do 5G em toda a Europa. Essa tecnologia de quinta geração não só oferece velocidades de conexão significativamente mais rápidas, mas também abre portas para uma infinidade de oportunidades e inovações, desde a Internet das Coisas (IoT) até a automação industrial.

A análise apontou que os assinantes do 5G demonstram um interesse crescente em incorporar serviços e conteúdos de banda larga em alta definição em seus contratos móveis. Este fenômeno é impulsionado pelo entusiasmo em torno de jogos de alta qualidade, realidade virtual, aumentada e conteúdo em vídeo. O resultado previsto é um aumento significativo no tráfego de dados móveis por smartphone na Europa Ocidental, projetado para alcançar 56 gigabytes (GB) por mês até 2028, em comparação com os modestos 20 GB registrados no ano passado. Na Europa Central e Oriental, a previsão é que esse valor alcance 37 GB por mês, mais que o dobro que os 14 GB em 2022.

Em um cenário onde a demanda por conteúdos que exigem internet de alta qualidade impulsiona ainda mais a procura, as operadoras enfrentam a necessidade contínua de investir em redes móveis. Estima-se que essas empresas gastarão mais de 198 mil milhões de euros (216 mil milhões de dólares) até 2030 para aprimorar suas infraestruturas e atender à crescente demanda por conectividade.

Diante desse desafio, grupos de telecomunicações europeus, como Orange e Telefônica, estão pressionando gigantes da tecnologia, como Microsoft, Google, Netflix, Amazon e Meta, a contribuírem financeiramente para a implementação do 5G e banda larga na região. A justificativa é que boa parte do tráfego de dados é gerada por essas empresas.

No entanto, a definição de regras sobre migração e custos ainda aguarda a decisão da Comissão Europeia, que está atualmente concentrada nos ajustes da Lei da Inteligência Artificial. Segundo relatos da Reuters, espera-se que esse tema seja debatido pelo bloco apenas em 2025.

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